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Mariana Barbosa

No GLOBO desde 2020, foi repórter no Brazil Journal, Folha, Estadão e Isto é Dinheiro e correspondente em Londres.

Rennan Setti

No GLOBO desde 2009, foi repórter de tecnologia e atua desde 2014 na cobertura de mercado de capitais. É formado em jornalismo pela Uerj.

Por Mariana Barbosa

A CI&T, empresa de software que também faz consultoria em transformação digital, conquistou mais um território na sua estratégia de expansão global: a Austrália. A empresa pagou US$ 16,4 milhões pela Transpire, um negócio de US$ 10,9 milhões de faturamento e que fornece soluções de tecnologia mobile para grandes clientes como Vodafone e Virgin Australia.

A Transpire é a terceira aquisição desde o IPO da CI&T na bolsa de Nova York, em novembro do ano passado. Em janeiro, a multinacional brasileira fundada em Campinas adquiriu a agência inglesa Somo Global, por US$ 67 milhões. Em junho, foi a vez da consultoria de tendência brasileira Box1824, que agregou novas competências à companhia.

As aquisições fazem parte da estratégia da CI&T de manter o ritmo de crescimento acima dos 30% ao ano — patamar registrado desde a fundação da empresa, há 27 anos. A estratégia de agregar ao crescimento orgânico uma receita oriunda de fusões e aquisições começou a ser implementada em meados do ano passado, com a compra da concorrente Dextra que, assim como a CI&T, foi fundada em Campinas por ex-alunos da Unicamp. Com a Dextra, o faturamento saiu de R$ 1,2 bilhão para R$ 1,4 bilhão.

A empresa prevê crescer acima de 50% este ano, descontadas as variações cambiais, depois de uma alta de 51% no faturamento do ano passado. — O crescimento orgânico, expandindo a oferta de serviços nos mesmos clientes, segue sendo o motor do nosso crescimento. Mas a Transpire vai fazer com que a gente ganhe de 2 a 3 anos em relação a montar uma operação do zero — diz Cesar Gon, co-fundador e CEO da CI&T. A empresa divulga os resultados do último trimestre nesta quarta-feira.

O próximo alvo de aquisições é os EUA, país que já responde por 49% do faturamento da CI&T. No radar também, aquisições na Europa e na Ásia.

A Transpire tem 100 funcionários, que vão formar, junto com a pequena equipe que a CI&T já tinha na Austrália, o que a companhia chama internamente de Growth Unit (unidades de crescimento). São estruturas organizacionais de no máximo 400 pessoas e que ajudam a dar mais agilidade à multinacional, mantendo o espírito empreendedor. — Essa estrutura reduz a burocracia, aumenta a conexão com os clientes e a conexão do próprio time — diz Gon. As unidades cuidam da execução do serviço, enquanto uma outra estrutura, transversal, batizada de power house, facilita a coordenação entre elas a partir de temas, como metaverso, por exemplo, ou de uma atuação setorial (clientes de um mesmo setor).

A CI&T tem hoje 26 grow units e um time de 6,4 mil pessoas.

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