Fundador de empresa-filha da Unicamp leva prêmio Study UK Alumni Awards

Foto posada dos quatro vencedores do prêmo. Eles estão em pé, lado a lado, e carregam os troféus das respectivas categorias premiadas. O fundo traz um painel com a identidade do evento e o seguinte texo: Study UK Alumni. Fim da descrição.
Robson Tramontina, pesquisador do Instituto de Biologia e fundador da NexVitro Biologics é destaque na categoria Negócios e Inovação. O evento realizado pelo British Council ocorreu em Brasília (DF) e celebrou realizações de ex-intercambistas de universidades britânicas 

Texto: Da redação, com informações da assessoria de British Council | Foto: Divulgação – British Council

O uso da experiência estudantil no Reino Unido em benefício da sociedade rendeu premiações a quatro ex-alunos do Brasil que fizeram intercâmbio em universidades britânicas nos últimos anos. A edição brasileira do Study UK Alumni Awards, realizada pelo British Council na Embaixada Britânica em Brasília (DF), reconheceu quatro dentre 12 finalistas em virtude de projetos bem-sucedidos. 

Um dos destaques foi Robson Tramontina, ex-aluno da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (FEA) e atual pesquisador em estágio de pós-doutorado pelo Instituto de Biologia da Unicamp (IB), que se sobressaiu na categoria Negócios e Inovação

O prêmio entregue a Robson, que passou pelo Instituto de Biotecnologia da Universidade de Manchester, reconheceu a importância de seu trabalho que democratiza o acesso a diagnósticos moleculares. Após concluir os estudos em solo britânico, Robson desenvolveu dezenas de soluções de biotecnologia que hoje apoiam o desenvolvimento de pesquisas e diagnósticos no Brasil. 

A exemplo da atuação prática do pesquisador, é possível mencionar a NexVitro Biologics, startup fundada em 2017. Classificada como empresa-filha da Unicamp, ela trabalha com manufatura de produtos biotecnológicos e atua em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na área. 

Demais categorias 

Na categoria Ciência e Sustentabilidade, o nome de destaque foi o de Leonardo Soares Bastos, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Formado pela Universidade de Sheffield, o brasileiro utiliza estatística para corrigir atrasos nas notificações de sistemas de alerta de doenças infecciosas.

No Reino Unido, Leonardo aprofundou os estudos sobre modelos estatísticos utilizados na epidemiologia. Foi com base nesse conhecimento que ele desenvolveu métodos hoje utilizados pelo Ministério da Saúde e por secretarias de saúde em Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Dessa forma, o poder público aprimorou suas ferramentas para antecipar surtos e agir rapidamente para prevenir hospitalizações, óbitos e o aumento no número de casos.

A visibilidade à língua e à cultura da Escócia, um dos quatro países do Reino Unido (os outros são Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales), rendeu a Nichola Giovanella Vivian, que estudou tecnologia da informação na Universidade de Reading, o prêmio em Cultura e Criatividade. A categoria abrangeu ex-alunos que construíram carreiras em artes e cultura, demonstrando sua criatividade, influência e habilidade artística.

Ao desenvolver o projeto Palavra Escocesa, Nichola reúne pessoas que têm como interesse comum conhecer mais sobre o cotidiano na Escócia e outras culturas mundo afora. A iniciativa, inspirada na experiência que adquiriu quando conheceu diferentes hábitos culturais durante a sua estadia no Reino Unido, demonstra como a vivência no exterior amplia os horizontes de intercambistas.

Os ensinamentos obtidos nas universidades britânicas também dão origem a mudanças sociais positivas que melhoram a vida das pessoas e contribuem para o bem social, em áreas como educação, paz e justiça. Foi por atuar nesse segmento que Amanda Sadalla, formada pela Universidade de Oxford, foi premiada na categoria Ação Social. A brasileira desenvolve treinamentos para serviços de resposta à violência de gênero e políticas educacionais antissexistas.

No Reino Unido, Amanda teve contato com pessoas que já desenvolviam projetos junto ao governo britânico com o objetivo de criar políticas voltadas à prevenção da violência contra jovens meninas e mulheres adultas. Ao retornar ao Brasil, inaugurou a sua própria organização dedicada à causa, denominada Serenas, que qualifica e mobiliza governos e entidades para combater a violência de gênero. O projeto já prestou apoio a mais de 6 mil mulheres em todo o país e acaba de firmar parceria com a Embaixada Britânica no Brasil para ampliar sua atuação.

Impulso a vidas e carreiras

A premiação do British Council buscou explorar oportunidades oferecidas pela educação britânica para impulsionar vidas e carreiras, além de inspirar mais estudantes do Brasil e de outros países interessados em fazer intercâmbio em países como Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. O Study UK Alumni Awards 2023-24 marca a décima edição da premiação global e recebeu um total de 1.450 inscrições de ex-alunos de quase 100 países, que juntos estudaram em mais de 140 instituições de ensino superior espalhadas pelo Reino Unido.

“Reunimos 12 brasileiros talentosos que tiveram a oportunidade de estudar e aprimorar seus conhecimentos em universidades do Reino Unido para uma importante celebração que reforça nosso compromisso em promover oportunidades educacionais diferenciadas para estudantes e profissionais do mundo todo”, disse Diana Daste, Diretora de Engajamento Cultural do British Council para o Brasil. 

“Cada um dos finalistas trouxe consigo histórias inspiradoras que têm em comum a fusão entre uma experiência estudantil enriquecedora e o desenvolvimento de projetos e soluções para alguns dos maiores desafios do planeta. Todos representaram muito bem os fortes laços colaborativos entre Brasil e Reino Unido. Parabéns aos vencedores e a todos os finalistas!”, celebrou.

Confira os 12 finalistas nas quatro categorias:

Ciência e Sustentabilidade

  • Bianca Pinto Vieira: formada pela Universidade de Glasgow, apoia empresas globais e governos na direção de produtos tecnológicos que priorizam a tomada de decisão inteligente baseada em dados.
  • Caroline Pinheiro Maurieli de Morais: formada pela Universidade de Liverpool, atua na melhoria de processos de auditoria e pesquisa para tornar mais seguras as instalações offshore de petróleo e gás.
  • Leonardo Soares Bastos (vencedor): formado pela Universidade de Sheffield, utiliza estatística para corrigir atrasos nas notificações de sistemas de alerta de doenças infecciosas.

Cultura e Criatividade

  • Beatriz Neviani Coslovsky: formada pela Universidade de Essex, pesquisa, cataloga e promove artistas brasileiros destacados.
  • Mauricio Savarese: formado pela City, University of London, é correspondente da The Associated Press e ajuda a moldar futuros líderes da agência de notícias.
  • Nichola Giovanella Vivian (vencedore): com formação pela Universidade de Reading, dá visibilidade à língua e cultura escocesas.

Ação Social

  • Adriano Belisario: formado pela Universidade de Oxford, aplica sua pesquisa em inteligência artificial para monitorar a violência armada.
  • Amanda Sadalla (vencedora): formada pela Universidade de Oxford, fornece treinamento para serviços de resposta à violência de gênero e políticas educacionais antissexistas.
  • Renata Malheiros Henriques: formada pela Universidade de Cambridge, contribui para a igualdade de gênero por meio da educação financeira e orientação profissional.

Negócios e Inovação

  • Robson Tramontina (vencedor): formado pela Universidade de Manchester, democratiza o acesso a diagnósticos moleculares.
  • Vanessa Antunes Rodrigues: formada pela London Business School, atua no avanço do acesso a pagamentos eletrônicos pela população não bancarizada e negligenciada.
  • Verivaldo Teles Lobo Filho: formado pela Universidade de Aberystwyth, desenvolve e expande negócios de software em diversos mercados.

Sobre o British Council

British Council é a organização internacional do Reino Unido para relações culturais e oportunidades educacionais. Apoiamos a paz e a prosperidade construindo conexões, entendimento e confiança entre as pessoas no Reino Unido e em países do mundo todo. Fazemos isso por meio de nosso trabalho em Artes e Cultura, Educação e Língua Inglesa. Trabalhamos com pessoas em mais de 200 países e territórios e estamos presentes em mais de 100 países. No ano fiscal de 2022-23 atingimos 600 milhões de pessoas

Cadastro de empresas-filhas da Unicamp

Podem compor o ecossistema de empresas-filhas da Unicamp os empreendimentos fundados por pessoas que têm ou tiveram vínculo com a Universidade, tais como alunos, ex-alunos, docentes e funcionários ou ex-funcionários. Além de empresas que foram incubadas na Incamp ou criadas a partir de uma tecnologia desenvolvida na Universidade, as chamadas empresas spin-offs acadêmicas.

A Inova Unicamp mantém cadastro para mapear novas empresas de seu ecossistema. O cadastro é gratuito, acesse e faça parte em: https://www.inova.unicamp.br/cadastro-filhas/