02 out Empresa-filha da Unicamp recebe fomento de 6,1 milhões de euros
Investimentos permitirão à ÄIO construir uma planta para a produção de óleos ambientalmente sustentáveis e também implementar os produtos em mercados variados
Texto: André Gobi – Inova Unicamp | Foto: Divulgação ÄIO
A ÄIO, uma empresa-filha da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), anunciou no final de setembro a captação de 6,1 milhões de euros por meio dos fundos de venture capitals Voima Ventures, 2C Ventures, SmartCap e Nordic Foodtech VC. Venture capital, também conhecido como capital de risco, é uma modalidade de investimento voltada para startups.
A empresa, que nasceu na Estônia e tem como sócia e cofundadora Nemailla Bonturi, egressa da Faculdade de Engenharia Química (FEQ) da Unicamp, desenvolve óleos a partir de leveduras oleaginosas para as áreas de alimentação, ração animal e cosméticos usando como matéria-prima resíduos como serragem e permeado de lactose. Segundo um comunicado oficial da startup, os fundos permitirão a construção de uma planta demo e consequente aumento da produção dos óleos ambientalmente sustentáveis.
“Este investimento nos permite estender nosso runway (tempo para uso de investimentos) para mais dois anos e, assim, conseguiremos as permissões exigidas pelos órgãos reguladores para que possamos implementar nosso produto nos mercados de alimentos, ração animal, cosméticos e químicos. Vamos também utilizar este investimento para construir nossa planta demo na Estônia”, explica Bonturi.
Este é o terceiro aporte por meio de venture capitals recebido pela ÄIO, sendo o primeiro de 675 mil euros (2022), e o segundo de 500 mil euros, em 2023, totalizando mais de 7,2 milhões de euros em fomento.
Ecossistema empreendedor da Unicamp
A ÄIO é uma empresa fundada por uma aluna egressa da Unicamp que vive na Estônia e também compõe o ecossistema empreendedor Unicamp Ventures, fomentado pela Agência de Inovação Inova Unicamp, que produz conteúdos (como esta matéria) e eventos reunindo as empresas-filhas da Universidade.
Podem fazer parte deste ecossistema os empreendimentos fundados por pessoas que têm ou tiveram vínculo com a Universidade, tais como alunos, egressos, docentes, funcionários ou ex-funcionários, assim como startups que foram incubadas na Incamp ou criadas a partir de uma tecnologia desenvolvida na Universidade, as chamadas empresas spin-off.